Questões sobre urbanização

 

Questões

 

1. Estabeleça uma diferença entre o processo de urbanização mundial no processo de urbanização no Brasil:

 

2. Diferencie crescimento urbano de urbanização:

 

3.

  

A imagem acima mostra um grande congestionamento no centro da cidade de São Paulo. Como podemos explicar essa realidade urbana?

4. Quais os motivos que levou ao intenso processo de migração interna no Brasil a aprtir da segunda metade do século XX?

 

5. Alem dos congestionamentos, existem diversos outros problemas urbanos, dentre estes, podemos citar os problemas relacionados ao meio ambiente. Cite estes problemas e diga quais as conseqüências para a população:

6.


A imagem acima, da criança síria morta na praia, foi uma das mais emblemáticas e fortes relacionada a crise humanitária vivida por alguns países atualmente. Como podemos explicar essa imagem? E os motivos que levaram a este fim?

 

7. Estudamos que a migração é o deslocamento de pessoas entre países, regiões, cidades, etc. Dessa forma, descreva as principais causas que levam as pessoas a migrarem para outros territórios. Citando também o caso do Brasil.

8.

Cite as principais rotas migratórias explicitadas no mapa acima:

Processo de urbanização mundial

 

Processo de urbanização mundial

 

Nem sempre o homem habitou em cidades, os primeiros habitantes eram nômades, portanto não tinham residência fixa e viviam da caça, pesca e coleta, posteriormente deixaram essa condição para se tornarem produtores.

As primeiras cidades surgiram milhares de anos antes da Era Cristã, com destaque para Jericó, Ur, Damasco e, na América do Sul, Tiahuanaco (atualmente território da Bolívia). No entanto, podemos dizer que o processo de urbanização das sociedades propriamente dito ocorreu a partir do início do Capitalismo Comercial, intensificando-se com o passar dos tempos, sobretudo após as revoluções industriais.

Por esse motivo, é possível dizer que a urbanização é a representação da modernidade, pois ela proporciona uma transição social fundamentada no setor primário para os setores industrial, comercial e de serviços. A divisão social e territorial do trabalho tende a intensificar-se à medida que as relações econômicas tornam-se mais complexas. O espaço urbano é, pois, a expressão mais dinâmica do espaço geográfico, pois representa uma aglomerado de práticas culturais, sociais, econômicas e outras em espaços justapostos entre si.

Existem dois principais tipos de fatores que se associam ao processo de urbanização: os fatores atrativos e os fatores repulsivos.

Fatores atrativos: ocorrem pela urbanização causada pela atração da população do campo para as cidades em busca da maior oferta de emprego gerada pela industrialização, além da existência de melhores condições de renda e de vida. O rápido e fácil acesso a produtos, bens de consumo e serviços, como escolas e hospitais, além de uma maior interação cultural, também pode ser listado como um fator atrativo da urbanização.

Fatores repulsivos: ocorrem quando a urbanização acontece pela “expulsão” ou afastamento da população do campo para as cidades, com uma migração em massa que chamamos de êxodo rural ou “migração campo-cidade”. Dentre os fatores repulsivos da urbanização, podemos citar a concentração fundiária (muita terra nas mãos de poucos), os baixos salários do campo, a mecanização das atividades agrícolas com a substituição da mão de obra, entre outros.

Os países desenvolvidos foram os primeiros a urbanizar-se, com a maior presença de fatores atrativos. Com a Revolução Industrial, ao longo do século XVIII, cidades como Londres e Paris transformaram-se em grandes centros urbanos, porém com uma grande carga de problemas sociais e miséria acentuada, questão que só veio a ser atenuada pelas reformas urbanas no século seguinte.

Já os países subdesenvolvidos e emergentes só conheceram uma urbanização mais intensificada a partir de meados do século XX, e muitos territórios ainda estão em fase inicial desse processo. Os principais fatores são os repulsivos, como a mecanização do campo e concentração de terras, além de alguns fatores atrativos, como a industrialização realizada, predominantemente, pela instalação de empresas multinacionais estrangeiras.

A partir de então o homem foi se aglomerando em centros urbanos e desenvolvendo atividades econômicas. Sendo assim, o processo de urbanização tem duas fases marcantes, a primeira ocorreu com a Revolução Industrial no fim do século XVIII, esse acontecimento provocou uma enorme migração, pessoas que habitavam áreas rurais saíram rumo às cidades, mas isso aconteceu somente nos países envolvidos na revolução e não em escala planetária. A segunda aconteceu após a II Guerra Mundial, mas essa não foi motivada pela industrialização, houve um êxodo rural em massa desencadeado pelo fascínio urbano, melhores condições de vida, oportunidades de estudo e trabalho.

O processo de urbanização ocorreu essencialmente pelo deslocamento de pessoas oriundas das zonas rurais em direção às cidades, que são caracterizadas pela aglomeração de pessoas em uma área delimitada e pela atividade produtiva, que deixa de ser agrícola para se tornar industrial, comercial; e também pela realização de prestação de serviços.

Esse processo não sucedeu simultaneamente no mundo, haja vista que os países industrializados já haviam atravessado esse período, no caso dos países em desenvolvimento e de industrialização tardia, o crescimento urbano acontece atualmente de forma acelerada e desordenada. A falta de planejamento urbano tem favorecido a proliferação de graves problemas, tais como a favelização, falta de infraestrutura, violência, poluição de todas as modalidades, desemprego e muitos outros.

Os índices de pessoas que vivem em cidades oscilam de acordo com o continente, país e áreas internas, uma vez que a África possui 38% de seus habitantes vivendo em cidades, na Ásia são 39,8%, na América Latina 77,4%, na América do Norte 80,7%, na Europa 72,2% e na Oceania 70,8%. Em outra abordagem, tomando como princípio os países ricos e pobres, existe uma enorme disparidade quanto ao percentual de população urbana e rural. Na Bélgica, por exemplo, 97% das pessoas vivem em centros urbanos enquanto que em Ruanda esse índice cai para 17%.

O fenômeno da urbanização produziu cidades cujo número de habitantes supera os 10 milhões, essas recebem o nome de megacidades ou megalópoles como, por exemplo, Tóquio (Japão) com 35,2 milhões de habitantes, Cidade do México (México) com 19,4 milhões, Nova Iorque (Estados Unidos) com 18,7 milhões e mais tantas outras cidades espalhadas pelo mundo.

 

Urbanização brasileira

 

As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da história, os primeiros centros urbanos surgiram no século XVI, ao longo do litoral em razão da produção do açúcar, nos séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro fez surgir vários núcleos urbanos e no século XIX a produção de café foi importante no processo de urbanização, em 1872 a população urbana era restrita a 6% do total de habitantes.

Posteriormente, no início de século XX, a indústria foi um instrumento de povoamento, a partir da década de 1930, o país começou a industrializar-se, como o trabalho no campo era duro e a mecanização já provocava perda de postos de trabalho, grande parte dos trabalhadores rurais foram atraídos para as cidades com intuito de trabalhar no mercado industrial que crescia. Esse êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos centros urbanos. Atualmente 80% da população brasileira vive nas cidades, apesar disso o Brasil é um país urbano, industrial e agrícola. Ao longo das décadas a população brasileira cresceu de forma significativa, ao passo desse crescimento as cidades também tiveram sua aceleração em relação ao tamanho, formando imensas malhas urbanas, ligando uma cidade a outra e criando as regiões metropolitanas (agrupamento de duas ou mais cidades).

O crescimento desenfreado dos centros urbanos provoca conseqüências, como o trabalho informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises econômicas. Outro problema muito grave provocado pela urbanização sem planejamento é a marginalização dos excluídos que habitam áreas sem infra-estrutura (saneamento, água tratada, pavimentação, iluminação, policiamento, escolas e etc.) e junto a isso a criminalidade (tráfico de drogas, prostituição, seqüestros etc.). A falta de um plano diretor não só demanda problemas sociais como também provoca alterações ambientais, um exemplo dessa realidade é a poluição do lixo, milhões de pessoas consomem e produzem os mais diversos detritos que diariamente são depositados em lixões a céu aberto sem receber nenhum tratamento, esse lixo transmite doenças, polui o lençol freático. Outra poluição presente nas cidades é a atmosférica, proveniente da emissão de gases de automóveis e indústrias, esses gases provocam problemas de saúde, principalmente respiratórios e, por fim, a poluição das águas, pois os dejetos das residências e indústrias são lançados sem tratamento nos córregos e rios, no período chuvoso ocorrem as cheias que dispersam a poluição por toda a área.

 Em suma, percebe-se que a maioria dos problemas urbanos é primeiramente de responsabilidade do poder público que muitas vezes são omissos em relação a essas questões, em outros momentos podemos apontar a própria população como geradora de problemas, como o lixo que é lançado em áreas impróprias. Na verdade, a tarefa de fazer com que a cidade seja um lugar bom pra se viver é de todos os que nela habitam.

As empresas transnacionais preferiram se instalar nas cidades em que a concentração populacional fosse maior e de melhor infra-estrutura, dando origem às grandes metrópoles. A industrialização gerou empregos para os profissionais qualificados, expandiu a classe média e o nível de consumo urbano. A cidade transformou-se num padrão de modernidade, gerando o êxodo rural.

A tecnologia e o nível de modernização econômica não estavam adaptados à realidade brasileira. A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das atividades do setor terciário informal. O modelo de desenvolvimento econômico e social adotado no Brasil a partir dos anos 50 levou a um processo de metropolização. Ocorrência do fenômeno da conurbação, que constituem as regiões metropolitanas (criadas em 1974 e 1975).

 

Problemas ambientais urbanos:

 

O desenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos muitas vezes não ocorrem de maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem os habita. Alguns desses problemas são de grandeza ambiental e atrapalham as atividades da vida humana nesses locais. Esses problemas ambientais são causados por diversos fatores antrópicos. Abaixo estão relacionados alguns desses problemas:

Poluição do ar:

A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes no ar, como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), entre outros, causando problemas para a saúde e para o meio ambiente.

Esses gases poluentes são produzidos pelas indústrias e automóveis. Sua concentração na atmosfera causa um fenômeno conhecido como smog, que é uma fumaça ou neblina poluente localizada na superfície das cidades e que pode causar doenças respiratórias.

Fumaça das chaminés das indústrias e dos carros causando poluição do ar.

Poluição das águas:

A situação dos rios e córregos é preocupante, pois a poluição das águas afeta diretamente a saúde da população. Uma grande quantidade de lixo e esgoto é jogada nos rios, em razão da irresponsabilidade das pessoas, da falta de coleta de lixo e tratamento de esgoto.

Lixo nos rios e córregos

Ilha de calor:

É o aumento da temperatura em determinadas partes de uma cidade, na qual a região com maior concentração predial, asfalto, vidros e concreto tem maior temperatura; enquanto que em outra parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a temperatura é menor, com variações de até 10° C no mesmo dia.

Inversão térmica:

É quando a poluição do ar impede a troca normal de temperatura do ar na superfície, ou seja, o ar frio e pesado (por causa das partículas da poluição) fica em baixo e o ar quente e mais leve fica em cima.

Inversão térmica: partículas de poeira e poluição na superfície

Efeito estufa:

Fenômeno causado pelo aumento da temperatura no planeta em virtude dos gases poluentes emitidos pelas cidades. A camada poluente impede que o calor da atmosfera se dissipe. É chamado de estufa, pois o planeta mantém a temperatura aquecida.

Erosão:

Causada pelo uso e pela ocupação irregular de áreas de preservação ambiental nas grandes cidades, como encostas, margens de rios, excesso de peso das edificações, compactação do solo, etc.

Chuva ácida:

Causada pela poluição do ar, em que os gases poluentes reagem com a água da umidade do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e prejudicando plantações, edificações, automóveis e o ser humano.

Enchentes e desmoronamento:

As chuvas nas cidades podem causar enchentes e desmoronamentos, destruindo edificações e matando pessoas, em razão da ocupação irregular, pois as águas das chuvas não têm para onde escoar.

Falta de áreas verdes:

O desmatamento em áreas urbanas causa aumento da temperatura e agrava a poluição do ar.

Poluição visual e sonora:

As propagandas excessivas e o barulho alto dos grandes centros podem causar transtornos psicológicos na sociedade.

 

Migrações internas

Dentre os fatores que influenciam os processos migratórios, o trabalho é o preponderante. Esse movimento pode ocorrer dentro de um mesmo país, estado ou município. São as chamadas migrações internas, que são aquelas em que as pessoas se deslocam dentro de um mesmo território.

 

Dentre as migrações internas temos os seguintes movimentos:

 

Êxodo rural: tipo de migração que se dá com a transferência de populações rurais para o espaço urbano. As principais causas são: a industrialização, a expansão do setor terciário e a mecanização da agricultura.

Migração Urbano-Rural: tipo de migração que se dá com a transferência de populações urbanas para o espaço rural. Hoje em dia é um tipo de migração muito incomum.

Migração urbano-urbano: tipo de migração que se dá com a transferência de populações de uma cidade para outra. Tipo de migração muito comum nos dias atuais.

Migração sazonal: tipo de migração que se caracteriza por estar ligada às estações do ano. É uma migração temporária, onde o migrante sai de um determinado local, em determinado período do ano, e posteriormente volta, em outro período do ano. É conhecida também de transumância. É o que acontece, por exemplo, com os sertanejos do Nordeste brasileiro.

Migração pendular: tipo de migração característico de grandes cidades e regiões metropolitanas, no qual centenas ou milhares de trabalhadores saem todas as manhãs de sua casa (em determinada cidade) em direção ao seu trabalho (que fica em outro município), retornando no final do dia.

Nomadismo: tipo de migração que se caracteriza pelo deslocamento constante de populações em busca de alimentos, abrigo etc. Esse tipo de migração é típico de sociedades primitivas e por conta disso encontra-se em extinção.

 

Migrações internacionais

 

Migrações internacionais são movimentos de saída e chegada de pessoas entre países. É importante ressaltar que o termo migração internacional pode ser subdividido em emigração (refere-se a pessoas que saem do país) e imigração (refere-se a pessoas que entram no país). Os impulsos migratórios são, geralmente, motivados por questões econômicas: de um lado, ligados a fatores de repulsão de emigrantes (crises econômicas, guerras, conflitos em geral, fome, etc.); e, de outro, a fatores de atração (oportunidades de emprego, sonhos de enriquecimento rápido, melhoria na qualidade de vida, etc.).

Novos fluxos migratórios Em meados do século 20, os fluxos migratórios internacionais conheceram uma inversão. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), existem cerca de 200 milhões de migrantes no mundo, sendo que 60% deles são pessoas que saíram de países subdesenvolvidos rumo a países desenvolvidos, tendo como principais destinos os Estados Unidos (35 milhões, em 2000), a Europa (56 milhões, em 2000) e o Japão (1,5 milhões, em 1998). Porém, esse novo fluxo de imigração internacional, acirrado pelas desigualdades entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, deve ser entendido a partir de dois momentos.

O primeiro deles ocorre entre a década de 50 e fins da de 70, quando alguns países da Europa, os Estados Unidos e o Japão estimulavam a imigração, a fim de conseguir mão-de-obra para ocupar as vagas de menor qualificação e baixa remuneração, desprezadas por suas populações locais. Os imigrantes, então, eram bem-vindos, mas controlados. Geralmente, na Europa, chegavam imigrantes vindos de suas colônias (ou ex-colônias); nos Estados Unidos, mexicanos eram convocados a trabalhar no campo através do "bracero program"; e, no Japão, os "dekasseguis" (trabalhadores brasileiros com ascendência japonesa) eram bem recebidos.

Quanto ao segundo momento, da década de 80 em diante, a intensificação do processo de globalização e a ascensão do neoliberalismo trouxe maior pressão à abertura dos mercados e acelerou o desenvolvimento técnico-científico, o que possibilitou maior aceleração da produção e da circulação de mercadorias no mundo - e menor (ou diferenciada) participação do Estado nos assuntos ligados à economia.

Todos esses elementos acabaram permitindo às indústrias dos países ricos que elas migrassem pelo mundo, em busca de novos mercados e de mão-de-obra barata, gerando crescente desemprego e diferenças salariais entre os trabalhadores dos países desenvolvidos.

 

A crise dos refugiados

 

A crise dos refugiados tem como uma das causas o aumento dos fluxos migratórios, fenômenos que acompanham a humanidade desde os seus primórdios e cujos motivos podem ser os mais diversos, embora o mais comum seja a busca por melhores condições de vida, ou seja, migração econômica.

 

Todavia, há um tipo específico de migrante, o refugiado, este se vê obrigado a fugir de seu país por sofrer perseguição de qualquer natureza e temer por sua integridade física e pela própria vida. Conflitos armados e guerras têm provocado o deslocamento em massa de refugiados ao redor do mundo, principalmente de 2015 em diante.

 

Embora inicialmente se desloquem no limite das fronteiras de seu país, em situações dramáticas faz-se necessário buscar asilo em países vizinhos e, por vezes, em países distantes. Esse tipo específico de migrante, reconhecido na década de 1950, tornou-se protagonista na agenda de países e organismos internacionais nos últimos anos, quando houve um ingresso em massa dele no continente europeu.

 

Causas da crise dos refugiados

 

Crises humanitárias movidas por migração em massa são um fenômeno milenar. Por toda a história humana, houve situações em que populações tiveram que fugir de perseguições, fome e guerras. No entanto, conforme legislação internacional, o status de refugiado está condicionado à migração motivada por situações de conflito violento, como perseguição a uma etnia específica, conflitos armados localizados ou guerra civil.

Portanto, as causas de uma crise de refugiados estão relacionadas à violência, insegurança e ameaça à vida. As crises motivadas por pobreza e fome são crises migratórias. Uma crise de refugiados só pode ser assim definida se a causa for perseguição ou guerra. Portanto, toda crise de refugiados é uma crise migratória, mas nem toda crise migratória é uma crise de refugiados.

Além da definição de refugiados como fugitivos de guerra e conflitos armados, nos últimos anos têm-se discutido a emergência de uma nova categoria, os “refugiados climáticos”, referente às pessoas que fogem de seus países por conta de catástrofes naturais resultantes das mudanças climáticas. Essa categoria, embora esteja ganhando cada vez mais espaço no debate público, não é reconhecida pela ONU nem por outras organizações internacionais.

Urbanização brasileira

 As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da história, os primeiros centros urbanos surgiram no século XVI, ao longo do litoral em razão da produção do açúcar, nos séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro fez surgir vários núcleos urbanos e no século XIX a produção de café foi importante no processo de urbanização, em 1872 a população urbana era restrita a 6% do total de habitantes. Posteriormente, no início de século XX, a indústria foi um instrumento de povoamento, a partir da década de 1930, o país começou a industrializar-se, como o trabalho no campo era duro e a mecanização já provocava perda de postos de trabalho, grande parte dos trabalhadores rurais foram atraídos para as cidades com intuito de trabalhar no mercado industrial que crescia. Esse êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos centros urbanos. Atualmente 80% da população brasileira vive nas cidades, apesar disso o Brasil é um país urbano, industrial e agrícola. Ao longo das décadas a população brasileira cresceu de forma significativa, ao passo desse crescimento as cidades também tiveram sua aceleração em relação ao tamanho, formando imensas malhas urbanas, ligando uma cidade a outra e criando as regiões metropolitanas (agrupamento de duas ou mais cidades). O crescimento desenfreado dos centros urbanos provoca conseqüências, como o trabalho informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises econômicas. Outro problema muito grave provocado pela urbanização sem planejamento é a marginalização dos excluídos que habitam áreas sem infra-estrutura (saneamento, água tratada, pavimentação, iluminação, policiamento, escolas e etc.) e junto a isso a criminalidade (tráfico de drogas, prostituição, seqüestros etc.). A falta de um plano diretor não só demanda problemas sociais como também provoca alterações ambientais, um exemplo dessa realidade é a poluição do lixo, milhões de pessoas consomem e produzem os mais diversos detritos que diariamente são depositados em lixões a céu aberto sem receber nenhum tratamento, esse lixo transmite doenças, polui o lençol freático. Outra poluição presente nas cidades é a atmosférica, proveniente da emissão de gases de automóveis e indústrias, esses gases provocam problemas de saúde, principalmente respiratórios e, por fim, a poluição das águas, pois os dejetos das residências e indústrias são lançados sem tratamento nos córregos e rios, no período chuvoso ocorrem as cheias que dispersam a poluição por toda a área. Em suma, percebe-se que a maioria dos problemas urbanos é primeiramente de responsabilidade do poder público que muitas vezes são omissos em relação a essas questões, em outros momentos podemos apontar a própria população como geradora de problemas, como o lixo que é lançado em áreas impróprias. Na verdade, a tarefa de fazer com que a cidade seja um lugar bom pra se viver é de todos os que nela habitam.

CIDADES QUE ENCOLHERAM

PROBLEMAS AMBIENTAIS URBANOS

O desenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos muitas vezes não ocorrem de maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem os habita. Alguns desses problemas são de grandeza ambiental e atrapalham as atividades da vida humana nesses locais. Esses problemas ambientais são causados por diversos fatores antrópicos. Abaixo estão relacionados alguns desses problemas:
Poluição do ar:
A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes no ar, como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), entre outros, causando problemas para a saúde e para o meio ambiente.
Esses gases poluentes são produzidos pelas indústrias e automóveis. Sua concentração na atmosfera causa um fenômeno conhecido como smog, que é uma fumaça ou neblina poluente localizada na superfície das cidades e que pode causar doenças respiratórias.
Fumaça das chaminés das indústrias e dos carros causando poluição do ar
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O BRASIL E SUAS CONTRADIÇÕES

Por prof. Wilton Oliveira


Este país é realmente enigmático. Algumas de suas contradições já são inclusive clichês, a exemplo, da sua riqueza econômica, sexta maior economia planetária, contrastando com a 84ª colocação no IDH, perdendo para todos os países da América do Sul. Outras são mais elaboradas. Temos governantes que nasceram na esquerda política, ou seja, com base marxista, um PT, Partido dos Trabalhadores que em plena ditadura militar organizava manifestações publicas em repúdio a ausência de direitos e, principalmente esbravejava pelo direito de reivindicar. Hoje esse mesmo grupo que após assumir o poder, tornam-se tiranos e essencialmente liberais, isso mesmo, privatizam nossas estradas, nossos portos, nossas praças esportivas e agridem estudantes e pais de família que mesmo agindo de forma apartidária são rechaçados.
A sensação de que fomos enganados, traídos e, por conseguinte, feitos de bestas é notória. Apoiamos a vinda da copa, tínhamos a esperança, ou melhor, a certeza que existiriam obras de melhoria em toda a cidade. Mas, infelizmente, na prática, os prefeitos, os governadores e a PRESIDENTA, só garantiram lucros para as empreiteiras na construção de estádios, enquanto o povo desafia a lei da física em ônibus assoberbados e parados em congestionamentos. Poderiam ficar aqui discutindo essa temática por dias, pois assunto é que não falta.

O QUE ESTUDAR PARA A PROVA DE GEOGRAFIA NO ENEM?


Noções de Cartografia
  • Orientação
  • Coordenadas Geográficas
  • Fusos Horários
  • Fusos Horários do Brasil
  • As Estações do Ano
  • Representação Cartográfica
  • Escala
  • A Representação dos Aspectos Físicos e Humanos nos Mapas
  • Documentação Cartográfica

Redação do ENEM


Para conseguir êxito na redação do ENEM é preciso ter em mente o que a banca espera do candidato. Ao analisar as provas desse concurso, fica claro que o que será avaliado é a capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar as questões e a proposta de redação. Além disso, o candidato deverá demonstrar domínio das linguagens, capacidade de solucionar problemas, de compreender fenômenos e de elaborar propostas de intervenção para o problema abordado. A prova de redação sintetiza todos esses eixos cognitivos, no entanto, focalizaremos no último item: elaboração de propostas de intervenção.
Quando pensamos na elaboração de propostas, precisamos entender que só consegue cumprir essa tarefa um sujeito agente e crítico, um leitor competente, quem sabe o que faz e por que faz.
A aprendizagem não acontece somente na escola, mas é um conjunto de fatores que unidos fazem com que um indivíduo seja completo, tais como família, meio ambiente, amigos, meios de comunicação, viagens etc. Então, no momento da escrita, todos esses conhecimentos devem ser aplicados.
Todo texto argumentativo possui uma tese (ideia a ser defendida), e a proposta de intervenção precisa ser coerente com ela. Então, se durante todo o texto, alguém defende que a tecnologia não é boa para a aprendizagem, não pode chegar ao final e propor como intervenção para a melhoria da educação a informatização das escolas. Por isso, é preciso “amarrar” bem as ideias, voltar à tese e reler o texto para que não haja incoerência.  
É importante também propor soluções que sejam possíveis de serem executadas e, além disso, é fundamental que os passos para sua execução sejam apresentados. Portanto, não basta simplesmente propor o respeito à natureza, mas é preciso indicar como fazer, por exemplo, propor a criação de campanhas de conscientização nas escolas, nos parques; incentivo ao transporte público (para diminuir a poluição), criação de ciclovias etc.
Outro fator importante é ter em mente que os direitos humanos precisam ser respeitados sempre, portanto, preserve a liberdade e respeite a diversidade cultural, lembre-se de que o fato de ser diferente não indica que é melhor ou pior, por isso, é preciso respeitar. Demonstre cidadania e solidariedade em seus posicionamentos, não se esqueça de que ao mesmo tempo em que o cidadão possui direitos, também tem deveres, logo, analise e posicione-se considerando isso.  
Por fim, ao elaborar as propostas de intervenção, procure fazer de forma clara e inovadora, com argumentos que se relacionam à tese e com propostas que sejam coerentes com ambas. Lembre-se de que, para alcançar a nota máxima, é preciso que tudo esteja relacionado: tese, argumentos e propostas de intervenção.


OS LIMITES DA TERRA E OS DESAFIOS FINANCEIROS E AMBIENTAIS


Os problemas ambientais do mundo já ultrapassaram os limites da Terra e a possível continuidade da melhora dos indicadores sociais estão ameaçados pela crise financeira. Nos últimos duzentos anos, o ser humano tem retirado recursos ambientais da Terra, transformando as riquezas naturais em artigos de luxo e devolvido tudo em forma de lixo, para a tristeza do Planeta. Há quem diga que os seres humanos são os vândalos do meio ambiente.
A metodologia da Pegada Ecológica mostra que a humanidade já superou em 50% o uso sustentável da biocapacidade. A metodologia das Fronteiras Planetárias mostra que estamos ultrapassando os limites seguros para a vida na Terra. O IPCC mostra que o aquecimento global é provocado pelas atividades antrópicas e atingiu os maiores níveis nos últimos 12 mil anos. Em todos os cenários, o quadro é de insustentabilidade do modelo de crescimento da produção e consumo, em um quadro de uma população e renda per capita em expansão.
Em pouco mais de dois séculos, a humanidade teve um impacto maior sobre a biosfera do que nos 200 mil anos anteriores da história do homo sapiens. Entramos na Era do Antropoceno, isto é, da dominação humana sobre a Terra e sobre as demais espécies animais e florestais. Mas ao mesmo tempo os ganhos de escala da economia estão virando deseconomias de escala e a sinergia virando entropia. As mudanças climáticas têm provocado diversos desastres naturais e têm aumentado o sofrimento dos refugiados do clima.

BIOMAS BRASILEIROS

Biomas brasileiros


Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna similares, definida pelas condições físicas predominantes nas regiões. Esses aspectos climáticos, geográficos e litológicos (das rochas), por exemplo, fazem com que um bioma seja dotado de uma diversidade biológica singular, própria.
No Brasil, os biomas existentes são (da maior extensão para a menor): a Amazônia, o cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal.
A seguir, conheça cada bioma do Brasil.

COMO CONCLUIR UMA REDAÇÃO


Finalizando a nossa trilogia textual, vamos hoje refletir sobre o último passo da construção do texto dissertativo-argumentativo: a Conclusão, que representa o fechamento da redação, a síntese do ponto de vista do autor sobre o tema, depois de ele ter exposto seus argumentos ao leitor de forma clara e consistente.
Se o ponto de vista – a tese – do produtor textual já aparece na introdução e de maneira implícita no desenvolvimento, na Conclusão, ele pode reaparecer como Reafirmação do Ponto de Vista, ou seja, utilizando-se de outras palavras, o autor irá asseverar o seu posicionamento frente ao tema.
Veja, por exemplo, a Introdução de um texto cujo tema é Os acidentes de trânsito no Brasil:
“A população brasileira vem convivendo atualmente com uma situação somente comparável a uma enorme tragédia: a impressionante estatística de acidentes ocorridos no trânsito. Números recentes, informados diariamente pela mídia, nos dão conta que nunca se matou tanto no Brasil como nos tempos atuais. Faz-se necessário que a sociedade brasileira tome uma séria e urgente providência com relação a este assunto.”
E a Conclusão desse mesmo texto:
“Um país sério, uma sociedade responsável, órgãos de trânsito que se dizem competentes não podem conviver com essa situação. É imprescindível uma tomada de posição para que essa guerra não declarada chegue logo ao seu final.”
No entanto, alguns exames de avaliação ultimamente vêm exigindo dos candidatos uma proposta de intervenção para o tema que, tradicionalmente, se refere a um problema social.
Veja, a seguir, uma proposta de intervenção considerada excelente apresentada pelo produtor textual para o ENEM, de 2011: “Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado

“… é essencial que nessa nova era do mundo virtual, os usuários da rede tenham plena consciência de que tornarem públicas determinadas informações requer cuidado e, acima de tudo, bom senso, para que nem a própria imagem, nem a do próximo possa ser prejudicada. Isso poderia ser feito pelos próprios governos de cada país e pelas próprias comunidades virtuais através das redes sociais, afinal, se essas revelaram sua eficiência e sucesso como objeto da comunicação, serão, certamente, o melhor meio para alertar os usuários a respeito dos riscos de seu uso e os cuidados necessários para tal.”
Alguns professores e especialistas sinalizam para a necessidade de o produtor textual usar a “criatividade” ao apresentar uma proposta de intervenção. Convenhamos: em um ambiente normalmente tenso, no qual o candidato sequer sabe o tema proposto, sugerir, nesse momento, o uso de criatividade parece nonsense.
Seja na Reafirmação do Ponto de Vista ou na Proposta de Intervenção, atente para a necessidade de elas estarem coerentes e em sintonia com a progressão das ideias construída ao longo do texto.


AS DEZ CIDADES MAIS POLUÍDAS DO MUNDO



China, Índia e Rússia se destacam no ranking, mas até o Peru possui um município com poluição extrema; mineração é a principal causa da degradação ambiental.
A organização não governamental (ONG) Instituto Blacksmith, em parceria com a revista Time e a rede australiana ABC Environment, divulgou sua segunda lista anual das dez cidades mais poluídas do mundo. Entre os dez municípios mais poluídos, dois se localizam na China, dois na Índia, dois na Rússia, um no Azerbaijão, um na Ucrânia, um no Zâmbia (única cidade na África) e um no Peru (único município latino-americano).
No total, cerca de 12 milhões de habitantes são afetados pelas más condições ambientais que possuem essas cidades, tais como poluição atmosférica, água contaminada, exposição a metais pesados etc.
“Essas cidades não estão no circuito turístico, então não há muita atividade global, mas precisamos fazer algo a respeito disso”, comentou Richard Fuller, presidente do Instituto Blacksmith, à Time.
Abaixo, a classificação dos municípios, com os problemas que possuem e o número de habitantes afetados:
1) Linfen, China – Sendo uma das cidades mais poluídas da China, Linfen é o centro da extração e produção de carvão do país. As colidas da cidade são repletas de jazidas legais e ilegais, e a atmosfera possui uma grande quantidade de poluição formada a partir do carvão queimado. Para se ter uma ideia, o ar é tão poluído que é comum que as roupas estendidas nos varais fiquem sujas antes mesmo de secarem. Cerca de três milhões de habitantes são afetados.
2) Tianying, China – O município, localizado na província de Anhui, é um dos principais centros de mineração e processamento de chumbo da China. Operações em pequena escala são conhecidas por desobedecerem as regulamentações de poluição, o que faz com que a concentração de poluentes no ar e no solo seja de 8,5 a dez vezes maior do que o padrão de saúde nacional. Cerca de 140 mil pessoas relatam sofrer com contaminação por chumbo.
3) Sukinda, Índia – O vale indiano de Sukinda contém 97% dos depósitos de minério de cromita – utilizada principalmente na fabricação de vidro, cimento e aço inoxidável e cromagem – do país. A mineração do elemento exala cromo hexavalente, que é tóxico, na atmosfera, solo e água, possivelmente afetando 2,6 milhões de pessoas.
4) Vapi, Índia – A cidade se localiza no sul do cinturão de estados industriais da Índia, o que faz com que Vapi sofra os efeitos colaterais do rápido crescimento industrial do país. Os níveis de mercúrio nas águas subterrâneas são 96 vezes maiores do que os níveis de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS), e os metais pesados que poluem a atmosfera do município são encontrados até em produtos locais, segundo a revista Time. Aproximadamente 71 mil pessoas são afetadas produtos químicos e metais pesados no ambiente.
5) La Oroya, Peru – O município é um dos principais centros de mineração de chumbo dos Andes peruanos, e 99% das crianças têm altos níveis do metal em seu sangue, devido principalmente a uma fundição de propriedade norte-americana que polui a cidade desde 1922, de acordo com a Time. O chumbo deve permanecer no solo por séculos, e não há planos para uma descontaminação. Aproximadamente 35 mil pessoas são prejudicadas pela poluição.


6) Dzerzhinsk, Rússia – Foi um dos maiores locais de produção de armas químicas da União Soviética. Segundo o Guinness Book – Livro dos recordes mundiais, a cidade é a mais quimicamente poluída do mundo, e em 2003 a taxa de óbitos ultrapassava a de nascimentos em 260%. Cerca de 300 mil pessoas são possivelmente afetadas pelos produtos químicos tóxicos e seus subprodutos.
7) Norilsk, Rússia – A outra cidade russa do ranking foi fundada para ser um campo de trabalho na Sibéria e é lar de um dos maiores complexos de fundição de metais pesados do mundo, onde cerca de quatro milhões de toneladas de cádmio, cobre, chumbo, níquel, arsênio, selênio e zinco são emitidos para a atmosfera a cada ano, informa a Time. A mortalidade por doenças respiratórias é muito maior do que a da Rússia como um todo, e acredita-se que 134 mil pessoas sejam impactadas pela poluição do ar.
8) Chernobil, Ucrânia – Não é sem razão que esse município ucraniano é considerado um dos mais poluídos do mundo. Mesmo depois de 27 anos do vazamento nuclear, uma área de 30 quilômetros ao redor de Chernobil continua perigosamente radioativa e inabitável. Entre 1992 e 2002, mais de quatro mil casos de câncer de tireoide foram diagnosticados entre crianças russas, ucranianas e bielorrussas que viviam na zona de precipitação radioativa, diz a Time. Acredita-se que, desde o acidente, 5,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas.
9) Sumgayit, Azerbaijão – Outro centro industrial da União Soviética, Sumgayit foi lar de mais de 40 fábricas que produziam químicos industriais e agrícolas, como detergentes e pesticidas. A maioria das fábricas foi fechada, mas os efeitos persistem. Atualmente, as taxas de câncer são 22% a 51% mais altas do que a média nacional, enquanto a mortalidade por câncer é 8% mais alta. Cerca de 275 mil habitantes são prejudicados.
10) Kabwe, Zâmbia – Grandes depósitos de chumbo foram descobertos na cidade em 1902, e embora a maioria das minas e fundições não estejam mais operando, as concentrações de chumbo nas crianças é cinco a dez vezes o permitido pelos níveis da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA, e podem ser altas o suficiente para matar. Acredita-se que 255 mil pessoas sejam afetadas pelo chumbo.


IDH DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS



O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou nesta segunda-feira (29) um retrato do Brasil nas últimas duas décadas. Na média, o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros melhorou bastante. Houve aumento da renda e da expectativa de vida. A educação também avançou, mas ficou bem longe do ideal e foi o indicador que menos contribuiu para o resultado positivo.

Os pesquisadores se basearam nos dados dos três últimos Censos do IBGE. Estudaram 180 indicadores para avaliar as condições de vida da população. Concluíram que o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios brasileiros, IDH-M, teve uma melhora de quase 50% em 20 anos.

Passou de muito baixo, em 1991, para alto, em 2010. Isso significa que caiu a mortalidade infantil. As mães estão tendo menos filhos e o brasileiro está vivendo mais.
“Um brasileiro que nasce hoje tem uma expectativa de vida nove anos maior do que era há 20 anos”, explicou Jorge Chediek, coordenador da ONU no Brasil.
Um indicador importante, a renda das famílias, avançou. Outro, a educação, também, mas ainda precisa melhorar muito, segundo os pesquisadores. Eles dizem que é muito grande a desigualdade de renda e de acesso aos serviços básicos entre os municípios, entre as regiões e entre as pessoas.
Os 44 municípios com os melhores índices ficam nas regiões Sul e no Sudeste, além doDistrito Federal. O líder é São Caetano do Sul, em São Paulo. Os 48 municípios com piores índices ficam nas regiões Norte e Nordeste. O pior IDH-M é o de Melgaço, no Pará.
Os pesquisadores disseram que, na média nacional, o IDH-M melhorou por causa do crescimento da economia, que aumentou o nível de emprego e os salários. E que, para corrigir as desigualdades, é preciso investir em mais políticas públicas, principalmente em educação.
“Se as pessoas começam a vida na escola, significa que elas vão ter uma vida no mercado de trabalho melhor e depois vão viver mais”, declara Marcelo Neri, presidente do Ipea.
A escolaridade da população adulta expõe os desafios que o Brasil tem na educação. Apenas 41% das pessoas entre 18 e 20 anos concluíram o Ensino Médio, e pouco mais da metade da população com mais de 18 anos conseguiu terminar o Ensino Fundamental.
Maria Gilma trabalha na limpeza de uma escola. Tão perto dos livros, mas ainda não sabe ler. “É meu sonho porque eu sou um ser humano que sou quase cega”, declarou.
Arapiraca, a 125 quilômetros de Maceió. Este ano, em uma escola pública, os alunos ainda não tiveram aulas de história, física e português.
As turmas têm poucos alunos. A sala só fica cheia porque o professor deu um jeitinho. Juntou os alunos da turma dele com os outros que estavam sem aula, porque falta professor.
Em nota, a Secretaria de Educação de Alagoas diz que vai fazer concurso para contratar mais professores.

Na outra ponta do estudo está o Distrito Federal com o melhor índice na educação.

“A nossa escola praticamente não tem evasão. Visto que a gente tem esse histórico de estar cobrando muito dos alunos para que eles tenham sucesso”, declara Maria Elvira Alves da Costa, professora.
O levantamento mostra que a educação no Brasil já foi muito pior. Comparando os números de 91 a 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano de municípios avançou 128% nesta área. A frequência de crianças na escola foi determinante para esse resultado. Quase 85% dos alunos entre 11 e 13 anos estão no Ensino Fundamental. Mais de 90% das crianças de cinco e seis anos estão na escola.
Para a especialista Priscila Cruz, diretora do Movimento Todos Pela Educação, o desafio, agora, é melhorar a qualidade do ensino. “A grande dificuldade hoje tem sido avançar em termos de qualidade, ou seja, garantir que a universalização ocorra na aprendizagem. Que todas as crianças, todos os alunos brasileiros aprendam aquilo que eles têm direito de aprender todos os anos durante a escola”, declarou.

Maiores informações sobre o IDH do seu município acesse: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/

VOCÊ SABIA QUE POLUIÇÃO PODE GERAR ENERGIA ELÉTRICA?


poluicao1 300x183 Você sabia que a poluição pode gerar energia elétrica?

Você já imaginou se o ar poluído de grandes metrópoles, como São Paulo, fosse transformado em energia elétrica? A poluição é fonte de problemas para o mundo: afeta a saúde das pessoas, aumenta o calor na Terra e contribui para o degelo dos polos. Isso todos já devem saber. Mas cientistas holandeses criaram um método para transformar a mistura de água, dióxido de carbono (CO2) e ar (O2), algo danoso em um produto útil para o mundo: eletricidade.
Este método reduz a quantidade de gases poluentes na atmosfera e possibilita a geração de energia de um modo mais limpo, já que reutiliza um material que causaria danos à natureza.
A colheita de energia das emissões de CO2, nome do estudo realizado no Departamento de Tecnologia Ambiental da Universidade de Wageningen, na Holanda, mostra que ao fazer a separação dos íons da mistura, através de um dispositivo chamado célula capacitiva eletroquímica, é possível gerar eletricidade, segundo informou o site PlanetSave.
Resultados
A técnica desenvolvida pelos holandeses capta apenas uma parte da poluição. De uma chaminé de carvoaria, por exemplo, é possível extrair até 20% do CO2 e através dele gerar a corrente elétrica, com rendimento que pode ser chegar a 32% de eficiência – mais que o dobro obtido pelas placas solares tradicionais, por exemplo, que alcançam 12%. Os pesquisadores alertam que isso não deve estimular a produção de gases poluentes, mas criar alternativas mais eficazes no tratamento da fumaça que sai das indústrias.

Semelhante a uma bateria, a célula tem dois polos: o negativo, que atrai íons de hidrogênio, e outro positivo, responsável por absorver os íons bicarbonato. Isto faz o CO2 borbulhar através da água. E com a separação de carga cria-se o potencial para conduzir uma corrente elétrica. Se os estudos vingarem, bem que essa seria uma boa iniciativa para ser implantada nas cidades, não é mesmo?

DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO

Desenvolvimento e subdesenvolvimento



A expansão do capitalismo se deu por meio da exploração de terras e pessoas e a ampliação das atividades comerciais. A expansão marítimo-comercial europeia iniciou o processo de colonização em larga escala que se ampliou até os séculos XIX e XX com o imperialismo. Muitos países europeus passaram a incorporar novos territórios na América, Ásia e África, transformando em colônias de exploração.

Os colonizadores exploravam as riquezas naturais e apropriavam-se das terras ocupadas pela população nativa geralmente transformando em mão de obra escravizada ou extremamente barata. Dessa forma as metrópoles acumularam riquezas em detrimento das colônias e de milhares de pessoas que as habitavam. Nas colônias surgiram os grupos que deitam o poder, as elites que obedeciam as regras da exploração e mantinham a população local submissa muitas vezes usando a força.

Quando finalmente as colônias conseguem se libertar de suas metrópoles europeias, formando nações independentes, o retrato da pobreza e da desigualdade já está desenhado. As elites mantiveram-se no poder dando continuidade a exploração com o domínio das riquezas naturais, das terras, das indústrias, dos bancos, enquanto grande parte da população se submetia a níveis extremos de pobreza e exclusão social. No século XX a maioria das ex-colônias da América já apresentava esse quadro cruel.

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), inicia-se o processo de descolonização da Ásia e da África, que passam a trilhar a mesma trajetória das nações latino-americanas. Nesse período, surgem os termos subdesenvolvimento para designar os países ex-colônias, com grandes desigualdades econômicas e sociais, e desenvolvimento para designar os países que enriquecem à custa da pobreza dos demais. O subdesenvolvimento e desenvolvimento resultam da expansão mundial do sistema capitalista que mantem os contrastes de riqueza e de pobreza até hoje. Os países desenvolvidos atualmente apresentam um elevado padrão de vida e concentram os polos tecnológicos, científicos e financeiros mundiais.

Os países subdesenvolvidos são dependentes dos países desenvolvidos. Dependência tecnológica, divida externa, comercio internacional desfavorável pela desvalorização dos produtos primários, (minérios, agropecuária). São exemplos da manutenção da desigualdade em escala mundial dos dias atuais. A exploração de um povo sobre o outro, com o intuito de enriquecimento econômico foi a base da expansão do modo capitalista de produção e se ampliou com o imperialismo europeu no século, e a revolução tecnocientifica do século XX, reafirmando o expansionismo capitalista por meio de uma nova corrida colonial em direção a Ásia e África.

A acumulação das riquezas por parte dos capitalistas propiciou novas etapas desse sistema econômico, promovendo a industrialização em escala mundial a partir do século XIX, gerando a globalização, o mais novo estagio da expansão capitalista mundial. Percebe-se então que as desigualdades sociais e econômicas do mundo não são apenas resultados dos acontecimentos atuais, são resultado de um longo processo histórico que tem por base a acumulação de riqueza de uma minoria a custa da exploração da grande maioria da população.

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL