Você
já imaginou se o ar poluído de grandes metrópoles, como São Paulo, fosse
transformado em energia elétrica? A poluição é fonte de problemas para o mundo:
afeta a saúde das pessoas, aumenta o calor na Terra e contribui para o degelo
dos polos. Isso todos já devem saber. Mas cientistas holandeses criaram um método
para transformar a mistura de água, dióxido de carbono (CO2) e ar (O2), algo
danoso em um produto útil para o mundo: eletricidade.
Este
método reduz a quantidade de gases poluentes na atmosfera e possibilita a geração
de energia de um modo mais limpo, já que reutiliza um material que causaria
danos à natureza.
A
colheita de energia das emissões de CO2, nome do estudo realizado no
Departamento de Tecnologia Ambiental da Universidade de Wageningen, na Holanda,
mostra que ao fazer a separação dos íons da mistura, através de um dispositivo
chamado célula capacitiva eletroquímica, é possível gerar eletricidade, segundo
informou o site PlanetSave.
Resultados
A
técnica desenvolvida pelos holandeses capta apenas uma parte da poluição. De
uma chaminé de carvoaria, por exemplo, é possível extrair até 20% do CO2 e
através dele gerar a corrente elétrica, com rendimento que pode ser chegar a
32% de eficiência – mais que o dobro obtido pelas placas solares tradicionais,
por exemplo, que alcançam 12%. Os pesquisadores alertam que isso não deve
estimular a produção de gases poluentes, mas criar alternativas mais eficazes
no tratamento da fumaça que sai das indústrias.
Semelhante
a uma bateria, a célula tem dois polos: o negativo, que atrai íons de hidrogênio,
e outro positivo, responsável por absorver os íons bicarbonato. Isto faz o CO2
borbulhar através da água. E com a separação de carga cria-se o potencial para
conduzir uma corrente elétrica. Se os estudos vingarem, bem que essa seria uma
boa iniciativa para ser implantada nas cidades, não é mesmo?