Noan
Chonsk;
Ao
longo desses quase 200 anos,
nós, os Estados Unidos, expulsamos ou
exterminamos
a população nativa – muitos milhões de pessoas –, conquistamos
metade
do México, provocamos depredações por toda a região, no Caribe e na
América
Central – às vezes mais longe ainda – e conquistamos o Havaí e as
Filipinas
(matando mais de 100 mil
filipinos no processo). Desde a Segunda
Guerra,
o país estendeu seu alcance ao redor do mundo de maneiras que não
preciso
descrever. Mas sempre envolveram matar alguém. Sempre envolveram
lutar
em algum outro lugar. Sempre foram outros os massacrados. Nunca aqui.
Nunca o
território nacional.
O terrorismo funciona.
O terrorismo não é a arma dos fracos
Esta
é a cultura em que vivemos e ela nos revela muitas coisas. A primeira
é
que o terrorismo funciona. O terrorismo não é malsucedido. Ele dá certo. A
violência
geralmente funciona. Essa é a história do mundo. A segunda é que é
um
gravíssimo erro analítico dizer, como se costuma fazer, que o terrorismo é
a
arma dos fracos. Como qualquer outro meio de violência, o terrorismo é
primordialmente,
esmagadoramente, uma arma dos fortes. É considerado a
arma
dos fracos porque os fortes também controlam os sistemas doutrinários,
nos
quais o seu terror
não conta como terror. Isso é algo quase universal. Não
consigo
pensar em uma única exceção histórica; até os piores assassinos em
massa vêem o
mundo assim.
“terror
é o uso premeditado
da
violência ou da ameaça de violência para atingir metas ideológicas políticas
ou religiosas
mediante intimidação, coerção ou instilação do medo”.
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