Globalização
A Globalização diz respeito à forma
como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo,
levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos.
Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar
transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado
de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um
investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo
globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como conseqüência o aumento
acirrado da concorrência. Afeta todas as áreas da sociedade, principalmente
comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente
intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao
redor do planeta.
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A globalização tem sua face mais visível
na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e
protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e
governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de idéias e informações sem
critérios na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a
imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as
tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira
lingüística.
Outra característica da globalização
das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação,
graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de
infra-estrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral
da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão
pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso
de mercado.
Redes de televisão e imprensa
multimídia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país
com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por televisão por
assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do Japão até
Cartoon Network americana.
O acesso instantâneo de tecnologias,
principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas,
aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos.
Para o prêmio nobel em economia
Stiglitz, a globalização, que poderia ser uma força propulsora de desenvolvimento
e da redução das desigualdades internacionais, está sendo corrompida por um
comportamento hipócrita que não contribui para a construção de uma ordem econômica
mais justa e para um mundo com menos conflitos.
Os efeitos no mercado de trabalho da
globalização são evidentes, com a criação da modalidade de outsourcing de
empregos (terceirização) para países com mão-de-obra mais baratas para execução
de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção distribuída
entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa
cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução
de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.
A globalização, por ser um fenômeno
espontâneo decorrente da evolução do mercado capitalista não direcionado por
uma única entidade ou pessoa, possui várias linhas teóricas que tentam explicar
sua origem e seu impacto no mundo atual.
A rigor, as sociedades do mundo
estão em processo de globalização desde o início da História, acelerado pela época
dos Descobrimentos. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é
bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do
colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e
1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de
1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.
No geral a globalização é vista por
alguns cientistas políticos como o movimento sob o qual se constrói o processo
de ampliação da hegemonia econômica, política e cultural ocidental sobre as
demais nações. Ou ainda que a globalização é a reinvenção do processo
expansionista americano no período pós guerra-fria (esta reinvenção tardaria
quase 10 anos para ganhar forma) com a imposição (forçosa ou não) dos modelos
políticos (democracia), ideológico (liberalismo, hedonismo e individualismo) e
econômico (abertura de mercados e livre competição).
Vale ressaltar que este projeto não
é uma criação exclusiva do estado norte-americano e que tampouco atende
exclusivamente aos interesses deste mas também é um projeto das empresas, em
especial das grandes empresas transnacionais, e governos do mundo inteiro.
Neste ponta surge a inter-relação entre a Globalização e o Consenso de
Washington.
Apesar das contradições há um certo
consenso a respeito das características da globalização que envolve o aumento
dos riscos globais de transações financeiras, perda de parte da soberania dos Estados
com a ênfase das organizações supra-governamentais, aumento do volume e
velocidade como os recursos vêm sendo transacionados pelo mundo, através do
desenvolvimento tecnológico etc.
A globalização é um fenômeno moderno
que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos
e mais eficazes. Há, no entanto, aspectos tanto positivos quanto negativos na
globalização. No que concerne aos aspectos negativos há a referir a facilidade
com que tudo circula não havendo grande controle como se pode facilmente
depreender pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos da América;
qualquer fenômeno que acontece num determinado país atinge rapidamente outros
países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os
pontos do globo como se de um único ponto se tratasse. Os países cada vez estão
mais dependentes uns dos outros e já não há possibilidade de se isolarem ou
remeterem-se no seu ninho pois ninguém é imune a estes contágios positivos ou
negativos. Como aspectos positivos, temos sem sombra de dúvida, a facilidade
com que as inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido
à informação e aos bens.
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