OS LIMITES DA TERRA E OS DESAFIOS FINANCEIROS E AMBIENTAIS


Os problemas ambientais do mundo já ultrapassaram os limites da Terra e a possível continuidade da melhora dos indicadores sociais estão ameaçados pela crise financeira. Nos últimos duzentos anos, o ser humano tem retirado recursos ambientais da Terra, transformando as riquezas naturais em artigos de luxo e devolvido tudo em forma de lixo, para a tristeza do Planeta. Há quem diga que os seres humanos são os vândalos do meio ambiente.
A metodologia da Pegada Ecológica mostra que a humanidade já superou em 50% o uso sustentável da biocapacidade. A metodologia das Fronteiras Planetárias mostra que estamos ultrapassando os limites seguros para a vida na Terra. O IPCC mostra que o aquecimento global é provocado pelas atividades antrópicas e atingiu os maiores níveis nos últimos 12 mil anos. Em todos os cenários, o quadro é de insustentabilidade do modelo de crescimento da produção e consumo, em um quadro de uma população e renda per capita em expansão.
Em pouco mais de dois séculos, a humanidade teve um impacto maior sobre a biosfera do que nos 200 mil anos anteriores da história do homo sapiens. Entramos na Era do Antropoceno, isto é, da dominação humana sobre a Terra e sobre as demais espécies animais e florestais. Mas ao mesmo tempo os ganhos de escala da economia estão virando deseconomias de escala e a sinergia virando entropia. As mudanças climáticas têm provocado diversos desastres naturais e têm aumentado o sofrimento dos refugiados do clima.

BIOMAS BRASILEIROS

Biomas brasileiros


Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna similares, definida pelas condições físicas predominantes nas regiões. Esses aspectos climáticos, geográficos e litológicos (das rochas), por exemplo, fazem com que um bioma seja dotado de uma diversidade biológica singular, própria.
No Brasil, os biomas existentes são (da maior extensão para a menor): a Amazônia, o cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal.
A seguir, conheça cada bioma do Brasil.

COMO CONCLUIR UMA REDAÇÃO


Finalizando a nossa trilogia textual, vamos hoje refletir sobre o último passo da construção do texto dissertativo-argumentativo: a Conclusão, que representa o fechamento da redação, a síntese do ponto de vista do autor sobre o tema, depois de ele ter exposto seus argumentos ao leitor de forma clara e consistente.
Se o ponto de vista – a tese – do produtor textual já aparece na introdução e de maneira implícita no desenvolvimento, na Conclusão, ele pode reaparecer como Reafirmação do Ponto de Vista, ou seja, utilizando-se de outras palavras, o autor irá asseverar o seu posicionamento frente ao tema.
Veja, por exemplo, a Introdução de um texto cujo tema é Os acidentes de trânsito no Brasil:
“A população brasileira vem convivendo atualmente com uma situação somente comparável a uma enorme tragédia: a impressionante estatística de acidentes ocorridos no trânsito. Números recentes, informados diariamente pela mídia, nos dão conta que nunca se matou tanto no Brasil como nos tempos atuais. Faz-se necessário que a sociedade brasileira tome uma séria e urgente providência com relação a este assunto.”
E a Conclusão desse mesmo texto:
“Um país sério, uma sociedade responsável, órgãos de trânsito que se dizem competentes não podem conviver com essa situação. É imprescindível uma tomada de posição para que essa guerra não declarada chegue logo ao seu final.”
No entanto, alguns exames de avaliação ultimamente vêm exigindo dos candidatos uma proposta de intervenção para o tema que, tradicionalmente, se refere a um problema social.
Veja, a seguir, uma proposta de intervenção considerada excelente apresentada pelo produtor textual para o ENEM, de 2011: “Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado

“… é essencial que nessa nova era do mundo virtual, os usuários da rede tenham plena consciência de que tornarem públicas determinadas informações requer cuidado e, acima de tudo, bom senso, para que nem a própria imagem, nem a do próximo possa ser prejudicada. Isso poderia ser feito pelos próprios governos de cada país e pelas próprias comunidades virtuais através das redes sociais, afinal, se essas revelaram sua eficiência e sucesso como objeto da comunicação, serão, certamente, o melhor meio para alertar os usuários a respeito dos riscos de seu uso e os cuidados necessários para tal.”
Alguns professores e especialistas sinalizam para a necessidade de o produtor textual usar a “criatividade” ao apresentar uma proposta de intervenção. Convenhamos: em um ambiente normalmente tenso, no qual o candidato sequer sabe o tema proposto, sugerir, nesse momento, o uso de criatividade parece nonsense.
Seja na Reafirmação do Ponto de Vista ou na Proposta de Intervenção, atente para a necessidade de elas estarem coerentes e em sintonia com a progressão das ideias construída ao longo do texto.


AS DEZ CIDADES MAIS POLUÍDAS DO MUNDO



China, Índia e Rússia se destacam no ranking, mas até o Peru possui um município com poluição extrema; mineração é a principal causa da degradação ambiental.
A organização não governamental (ONG) Instituto Blacksmith, em parceria com a revista Time e a rede australiana ABC Environment, divulgou sua segunda lista anual das dez cidades mais poluídas do mundo. Entre os dez municípios mais poluídos, dois se localizam na China, dois na Índia, dois na Rússia, um no Azerbaijão, um na Ucrânia, um no Zâmbia (única cidade na África) e um no Peru (único município latino-americano).
No total, cerca de 12 milhões de habitantes são afetados pelas más condições ambientais que possuem essas cidades, tais como poluição atmosférica, água contaminada, exposição a metais pesados etc.
“Essas cidades não estão no circuito turístico, então não há muita atividade global, mas precisamos fazer algo a respeito disso”, comentou Richard Fuller, presidente do Instituto Blacksmith, à Time.
Abaixo, a classificação dos municípios, com os problemas que possuem e o número de habitantes afetados:
1) Linfen, China – Sendo uma das cidades mais poluídas da China, Linfen é o centro da extração e produção de carvão do país. As colidas da cidade são repletas de jazidas legais e ilegais, e a atmosfera possui uma grande quantidade de poluição formada a partir do carvão queimado. Para se ter uma ideia, o ar é tão poluído que é comum que as roupas estendidas nos varais fiquem sujas antes mesmo de secarem. Cerca de três milhões de habitantes são afetados.
2) Tianying, China – O município, localizado na província de Anhui, é um dos principais centros de mineração e processamento de chumbo da China. Operações em pequena escala são conhecidas por desobedecerem as regulamentações de poluição, o que faz com que a concentração de poluentes no ar e no solo seja de 8,5 a dez vezes maior do que o padrão de saúde nacional. Cerca de 140 mil pessoas relatam sofrer com contaminação por chumbo.
3) Sukinda, Índia – O vale indiano de Sukinda contém 97% dos depósitos de minério de cromita – utilizada principalmente na fabricação de vidro, cimento e aço inoxidável e cromagem – do país. A mineração do elemento exala cromo hexavalente, que é tóxico, na atmosfera, solo e água, possivelmente afetando 2,6 milhões de pessoas.
4) Vapi, Índia – A cidade se localiza no sul do cinturão de estados industriais da Índia, o que faz com que Vapi sofra os efeitos colaterais do rápido crescimento industrial do país. Os níveis de mercúrio nas águas subterrâneas são 96 vezes maiores do que os níveis de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS), e os metais pesados que poluem a atmosfera do município são encontrados até em produtos locais, segundo a revista Time. Aproximadamente 71 mil pessoas são afetadas produtos químicos e metais pesados no ambiente.
5) La Oroya, Peru – O município é um dos principais centros de mineração de chumbo dos Andes peruanos, e 99% das crianças têm altos níveis do metal em seu sangue, devido principalmente a uma fundição de propriedade norte-americana que polui a cidade desde 1922, de acordo com a Time. O chumbo deve permanecer no solo por séculos, e não há planos para uma descontaminação. Aproximadamente 35 mil pessoas são prejudicadas pela poluição.


6) Dzerzhinsk, Rússia – Foi um dos maiores locais de produção de armas químicas da União Soviética. Segundo o Guinness Book – Livro dos recordes mundiais, a cidade é a mais quimicamente poluída do mundo, e em 2003 a taxa de óbitos ultrapassava a de nascimentos em 260%. Cerca de 300 mil pessoas são possivelmente afetadas pelos produtos químicos tóxicos e seus subprodutos.
7) Norilsk, Rússia – A outra cidade russa do ranking foi fundada para ser um campo de trabalho na Sibéria e é lar de um dos maiores complexos de fundição de metais pesados do mundo, onde cerca de quatro milhões de toneladas de cádmio, cobre, chumbo, níquel, arsênio, selênio e zinco são emitidos para a atmosfera a cada ano, informa a Time. A mortalidade por doenças respiratórias é muito maior do que a da Rússia como um todo, e acredita-se que 134 mil pessoas sejam impactadas pela poluição do ar.
8) Chernobil, Ucrânia – Não é sem razão que esse município ucraniano é considerado um dos mais poluídos do mundo. Mesmo depois de 27 anos do vazamento nuclear, uma área de 30 quilômetros ao redor de Chernobil continua perigosamente radioativa e inabitável. Entre 1992 e 2002, mais de quatro mil casos de câncer de tireoide foram diagnosticados entre crianças russas, ucranianas e bielorrussas que viviam na zona de precipitação radioativa, diz a Time. Acredita-se que, desde o acidente, 5,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas.
9) Sumgayit, Azerbaijão – Outro centro industrial da União Soviética, Sumgayit foi lar de mais de 40 fábricas que produziam químicos industriais e agrícolas, como detergentes e pesticidas. A maioria das fábricas foi fechada, mas os efeitos persistem. Atualmente, as taxas de câncer são 22% a 51% mais altas do que a média nacional, enquanto a mortalidade por câncer é 8% mais alta. Cerca de 275 mil habitantes são prejudicados.
10) Kabwe, Zâmbia – Grandes depósitos de chumbo foram descobertos na cidade em 1902, e embora a maioria das minas e fundições não estejam mais operando, as concentrações de chumbo nas crianças é cinco a dez vezes o permitido pelos níveis da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA, e podem ser altas o suficiente para matar. Acredita-se que 255 mil pessoas sejam afetadas pelo chumbo.


IDH DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS



O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou nesta segunda-feira (29) um retrato do Brasil nas últimas duas décadas. Na média, o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros melhorou bastante. Houve aumento da renda e da expectativa de vida. A educação também avançou, mas ficou bem longe do ideal e foi o indicador que menos contribuiu para o resultado positivo.

Os pesquisadores se basearam nos dados dos três últimos Censos do IBGE. Estudaram 180 indicadores para avaliar as condições de vida da população. Concluíram que o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios brasileiros, IDH-M, teve uma melhora de quase 50% em 20 anos.

Passou de muito baixo, em 1991, para alto, em 2010. Isso significa que caiu a mortalidade infantil. As mães estão tendo menos filhos e o brasileiro está vivendo mais.
“Um brasileiro que nasce hoje tem uma expectativa de vida nove anos maior do que era há 20 anos”, explicou Jorge Chediek, coordenador da ONU no Brasil.
Um indicador importante, a renda das famílias, avançou. Outro, a educação, também, mas ainda precisa melhorar muito, segundo os pesquisadores. Eles dizem que é muito grande a desigualdade de renda e de acesso aos serviços básicos entre os municípios, entre as regiões e entre as pessoas.
Os 44 municípios com os melhores índices ficam nas regiões Sul e no Sudeste, além doDistrito Federal. O líder é São Caetano do Sul, em São Paulo. Os 48 municípios com piores índices ficam nas regiões Norte e Nordeste. O pior IDH-M é o de Melgaço, no Pará.
Os pesquisadores disseram que, na média nacional, o IDH-M melhorou por causa do crescimento da economia, que aumentou o nível de emprego e os salários. E que, para corrigir as desigualdades, é preciso investir em mais políticas públicas, principalmente em educação.
“Se as pessoas começam a vida na escola, significa que elas vão ter uma vida no mercado de trabalho melhor e depois vão viver mais”, declara Marcelo Neri, presidente do Ipea.
A escolaridade da população adulta expõe os desafios que o Brasil tem na educação. Apenas 41% das pessoas entre 18 e 20 anos concluíram o Ensino Médio, e pouco mais da metade da população com mais de 18 anos conseguiu terminar o Ensino Fundamental.
Maria Gilma trabalha na limpeza de uma escola. Tão perto dos livros, mas ainda não sabe ler. “É meu sonho porque eu sou um ser humano que sou quase cega”, declarou.
Arapiraca, a 125 quilômetros de Maceió. Este ano, em uma escola pública, os alunos ainda não tiveram aulas de história, física e português.
As turmas têm poucos alunos. A sala só fica cheia porque o professor deu um jeitinho. Juntou os alunos da turma dele com os outros que estavam sem aula, porque falta professor.
Em nota, a Secretaria de Educação de Alagoas diz que vai fazer concurso para contratar mais professores.

Na outra ponta do estudo está o Distrito Federal com o melhor índice na educação.

“A nossa escola praticamente não tem evasão. Visto que a gente tem esse histórico de estar cobrando muito dos alunos para que eles tenham sucesso”, declara Maria Elvira Alves da Costa, professora.
O levantamento mostra que a educação no Brasil já foi muito pior. Comparando os números de 91 a 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano de municípios avançou 128% nesta área. A frequência de crianças na escola foi determinante para esse resultado. Quase 85% dos alunos entre 11 e 13 anos estão no Ensino Fundamental. Mais de 90% das crianças de cinco e seis anos estão na escola.
Para a especialista Priscila Cruz, diretora do Movimento Todos Pela Educação, o desafio, agora, é melhorar a qualidade do ensino. “A grande dificuldade hoje tem sido avançar em termos de qualidade, ou seja, garantir que a universalização ocorra na aprendizagem. Que todas as crianças, todos os alunos brasileiros aprendam aquilo que eles têm direito de aprender todos os anos durante a escola”, declarou.

Maiores informações sobre o IDH do seu município acesse: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/

VOCÊ SABIA QUE POLUIÇÃO PODE GERAR ENERGIA ELÉTRICA?


poluicao1 300x183 Você sabia que a poluição pode gerar energia elétrica?

Você já imaginou se o ar poluído de grandes metrópoles, como São Paulo, fosse transformado em energia elétrica? A poluição é fonte de problemas para o mundo: afeta a saúde das pessoas, aumenta o calor na Terra e contribui para o degelo dos polos. Isso todos já devem saber. Mas cientistas holandeses criaram um método para transformar a mistura de água, dióxido de carbono (CO2) e ar (O2), algo danoso em um produto útil para o mundo: eletricidade.
Este método reduz a quantidade de gases poluentes na atmosfera e possibilita a geração de energia de um modo mais limpo, já que reutiliza um material que causaria danos à natureza.
A colheita de energia das emissões de CO2, nome do estudo realizado no Departamento de Tecnologia Ambiental da Universidade de Wageningen, na Holanda, mostra que ao fazer a separação dos íons da mistura, através de um dispositivo chamado célula capacitiva eletroquímica, é possível gerar eletricidade, segundo informou o site PlanetSave.
Resultados
A técnica desenvolvida pelos holandeses capta apenas uma parte da poluição. De uma chaminé de carvoaria, por exemplo, é possível extrair até 20% do CO2 e através dele gerar a corrente elétrica, com rendimento que pode ser chegar a 32% de eficiência – mais que o dobro obtido pelas placas solares tradicionais, por exemplo, que alcançam 12%. Os pesquisadores alertam que isso não deve estimular a produção de gases poluentes, mas criar alternativas mais eficazes no tratamento da fumaça que sai das indústrias.

Semelhante a uma bateria, a célula tem dois polos: o negativo, que atrai íons de hidrogênio, e outro positivo, responsável por absorver os íons bicarbonato. Isto faz o CO2 borbulhar através da água. E com a separação de carga cria-se o potencial para conduzir uma corrente elétrica. Se os estudos vingarem, bem que essa seria uma boa iniciativa para ser implantada nas cidades, não é mesmo?

DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO

Desenvolvimento e subdesenvolvimento



A expansão do capitalismo se deu por meio da exploração de terras e pessoas e a ampliação das atividades comerciais. A expansão marítimo-comercial europeia iniciou o processo de colonização em larga escala que se ampliou até os séculos XIX e XX com o imperialismo. Muitos países europeus passaram a incorporar novos territórios na América, Ásia e África, transformando em colônias de exploração.

Os colonizadores exploravam as riquezas naturais e apropriavam-se das terras ocupadas pela população nativa geralmente transformando em mão de obra escravizada ou extremamente barata. Dessa forma as metrópoles acumularam riquezas em detrimento das colônias e de milhares de pessoas que as habitavam. Nas colônias surgiram os grupos que deitam o poder, as elites que obedeciam as regras da exploração e mantinham a população local submissa muitas vezes usando a força.

Quando finalmente as colônias conseguem se libertar de suas metrópoles europeias, formando nações independentes, o retrato da pobreza e da desigualdade já está desenhado. As elites mantiveram-se no poder dando continuidade a exploração com o domínio das riquezas naturais, das terras, das indústrias, dos bancos, enquanto grande parte da população se submetia a níveis extremos de pobreza e exclusão social. No século XX a maioria das ex-colônias da América já apresentava esse quadro cruel.

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), inicia-se o processo de descolonização da Ásia e da África, que passam a trilhar a mesma trajetória das nações latino-americanas. Nesse período, surgem os termos subdesenvolvimento para designar os países ex-colônias, com grandes desigualdades econômicas e sociais, e desenvolvimento para designar os países que enriquecem à custa da pobreza dos demais. O subdesenvolvimento e desenvolvimento resultam da expansão mundial do sistema capitalista que mantem os contrastes de riqueza e de pobreza até hoje. Os países desenvolvidos atualmente apresentam um elevado padrão de vida e concentram os polos tecnológicos, científicos e financeiros mundiais.

Os países subdesenvolvidos são dependentes dos países desenvolvidos. Dependência tecnológica, divida externa, comercio internacional desfavorável pela desvalorização dos produtos primários, (minérios, agropecuária). São exemplos da manutenção da desigualdade em escala mundial dos dias atuais. A exploração de um povo sobre o outro, com o intuito de enriquecimento econômico foi a base da expansão do modo capitalista de produção e se ampliou com o imperialismo europeu no século, e a revolução tecnocientifica do século XX, reafirmando o expansionismo capitalista por meio de uma nova corrida colonial em direção a Ásia e África.

A acumulação das riquezas por parte dos capitalistas propiciou novas etapas desse sistema econômico, promovendo a industrialização em escala mundial a partir do século XIX, gerando a globalização, o mais novo estagio da expansão capitalista mundial. Percebe-se então que as desigualdades sociais e econômicas do mundo não são apenas resultados dos acontecimentos atuais, são resultado de um longo processo histórico que tem por base a acumulação de riqueza de uma minoria a custa da exploração da grande maioria da população.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O DESAFIO DA MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL



Confirmada pelos cientistas e já sentida pela população mundial, a mudança climática global é hoje o principal desafio socioambiental a ser enfrentado.

Mudança climática é o nome que se dá ao conjunto de alterações nas condições do clima da Terra pelo acúmulo de vários tipos de gases como o dióxido de carbono CO₂ e o metano CH₄ na atmosfera emitidos em quantidade excessiva há pelo menos 150 anos desde a revolução industrial, através da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, e do uso inadequado da terra com a conversão das florestas e da vegetação natural em pastagens, plantações, áreas urbanas ou degradadas.

Esses gases também chamados de gases de efeito estufa forma uma espécie de cobertor na atmosfera, que impede que os raios solares que incidem sobre a Terra sejam emitidos de volta para o espaço acumulando calor e provocando o aumento da temperatura na sua superfície, assim como ocorre numa estufa de plantas, são gases que sempre esteve presente na composição da atmosfera, mas estima-se que há atualmente um acúmulo de cerca de 30% a mais do que havia antes da revolução industrial e a sua emissão continua crescendo, o que altera as condições climáticas anteriores.

Estima-se também que a temperatura da Terra aumentou 0,7 grau centigrado no ultimo século e que os últimos dez anos foram os mais quentes da história. Parece pouco, mas a provável intensificação desse processo deverá provocar o degelo nos polos e em outras regiões geladas do planeta com o consequente aumento do nível dos oceanos. Assim ficarão afetados os ecossistemas marinhos, as correntes e as ilhas oceânicas, as paias, os mangues e as áreas urbanas mais baixas das cidades litorâneas.

TER NÃO É SER




No mundo capitalista e globalizado em que vivemos, é muito comum atribuir valor as pessoas em razão dos bens que elas possuem. Assim uma pessoa conquista maior importância na sociedade quanto maior for o seu poder aquisitivo e maior a quantidade de bens que possui. Aqueles que tem menor ou nenhum poder aquisitivo estão em constante busca para melhorar seus rendimentos e também adquirir bens para subir de degrau na escala social e sentirem-se mais valorizados e importantes.

É justamente essa ambição que os profissionais da propaganda utilizam para transformar suas campanhas publicitarias em instrumentos infalíveis na campanha do consumidor. Geralmente aliam a ideia de ascensão social, felicidade e prazer ao consumo dos produtos mais prejudiciais tanto à saúde das pessoas que o consomem quanto ao meio ambiente, tais como cigarro, bebidas e automóveis.

O massacre à consciência humana é ato grande que algumas pessoas com menor poder aquisitivo deixam de comprar gêneros de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos para consumirem roupas, calçados, cds, etc.

Atualmente as crianças são um alvo fácil, pois ficam muito tempo sozinhas, em casa, enquanto seus pais trabalham para aumentar o poder aquisitivo da família, passam o dia entregues a babá eletrônica, a televisão, que destina um tempo imenso a propaganda de produtos em geral desnecessários à pessoa, mas que em sua ingenuidade as crianças passam a considerar como de primeira necessidade transformando-se em ambições que vão fundamentar seus projetos de vida. Essa não é uma base de educação satisfatória para formar cidadãos e consumidores conscientes. As crianças necessitam de estímulos que as levem a refletir sobre o significado e a finalidade do consumo para tornar-se pessoas capazes de escolher entre o superficial e o supérfluo, entre o prejudicial e o benéfico, entre o bem de valor verdadeiro e o bem de valor forjado pela ilusão do prazer felicidade e ascensão social que a propaganda lhe atribui.

O sistema capitalista tem como principal fonte de equilíbrio o consumo, sem ele toda a estrutura da cadeia produtiva desmoronaria, gerando o desemprego, a queda do poder aquisitivo e do próprio consumo num verdadeiro circulo vicioso que não pode sofrer colapsos. A propaganda veiculada com muita eficácia pelas mídias das mais avançadas como tv, jornal, internet, etc. é o principal instrumento de incentivo ao consumo, e portanto, de sustentação do sistema capitalista. Por esse motivo o consumidor precisa estar muito atento aos apelos da propaganda para avaliar se necessita realmente daquele bem ou se pode perfeitamente ser feliz e viver sem ele.

Para que esse consumidor cidadão, consciente de suas necessidades e possibilidades, se torne cada vez mais presente na sociedade é preciso desvincular o ter do ser, pois felicidade não se encontra em fatores externos que possam ser adquiridos pelo dinheiro, ela está na satisfação de ser alguém capaz de elaborar e por em prática projetos de vida com bases muito mais sólidas do que apenas posse de bens fúteis e muitas vezes inúteis.



GLOBALIZAÇÃO E MIGRAÇÕES



A evolução tecnológica no contexto do mundo globalizado intensificou a dinâmica migratória devido às desigualdades socioeconômicas e o desemprego. Entre os acontecimentos que estimularam as migrações estão à recessão econômica, as politicas neoliberais e os conflitos existentes no mundo como do Iraque e Afeganistão.

A evolução tecnológica, a disputa e a competição entre as empresas, a crescente informatização do sistema financeiro, bancário e comercial estão absorvendo cada vez menos trabalhadores, especialmente os de baixa qualificação.

Nos países desenvolvidos é preocupante os índices de população desocupada devido ao seu envelhecimento, já nos países subdesenvolvidos o que preocupa é o crescimento populacional, ou seja, grande numero de população ativa para poucos empregos. O deslocamento de pessoas pelo mundo faz parte da história da humanidade e foi responsável pela formação de diversos povos como o continente americano e o Brasil.

Quase em todas as partes do mundo existem comunidades de imigrantes algumas das quais significativas, mas nem sempre em uma situação socioeconômica estável, muitas vezes exercendo cargos de baixa qualificação e remuneração sem seguridade social, da previdência, habitação, educação, saúde entre outros.

A principal razão das migrações internacionais é econômica, principalmente dos países pobres para os países ricos apesar das inúmeras restrições impostas por estes países. Muitas vezes os imigrantes entram ilegalmente e assim continuam dentro do país, apenas trabalhando em empregos informais ou subempregos.

CONSTRUINDO CIDADANIA

Construindo Cidadania

A definição do que é cidadania contempla alguns importantes conceitos ligados às relações sociais que primam pelo respeito e pela dignidade da pessoa humana. Todos estes conceitos podem perfeitamente ser resumidos no mandamento do amor ao próximo que o próprio Cristo pregou e que está nos Evangelhos. Será que nós, Cristãos e membros desta sociedade moderna, estamos realmente preocupados em direcionar as nossas vidas para o exercício da cidadania plena, ou, em outras palavras, para a implantação da civilização do amor pedida por Jesus Cristo?

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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL